“Faz falta, ser a falta de alguém.”
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Lucas Lucco.
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Confesso que ainda acho estranho
quando algum desavisado passa por mim e perguntas coisas do tipo “E ai, como
vai o namoro?” ou “Nossa, nunca mais vi seu namorado!”.
Não é que doa, afinal, já não dói
mais há muito tempo, mas ainda soa um pouco constrangedor, já que, nem sempre é
fácil admitir que se esteja só. Ser sozinho geralmente está relacionado à rejeição,
algo que não é legal, na maioria das vezes, abre as portas para o julgamento
errado da sociedade.
Relacionamentos não dão certo às vezes,
acontece Mundo!!! Para mim, um namoro só tem dois caminhos – casamento ou
separação – que devem ser seguidos fielmente. Podem até me chamar de careta, ou
de pensamento machista, mas querendo ou não, para mim, isso é fato.
Se você não está feliz, se não
faz feliz a outra metade – que nem sempre é um alaranja – o melhor é seguir sua
vida sem ela.
Pode doer? Pode não, vai doer,
porque mesmo que você não a ame mais, a falta ainda ocasiona momentos de fuga
da sua consciência, que te levam para lugares onde chorar é inevitável.
Admito, sofri muito, e como.
Chorei, murmurei, me xinguei, me bati, tentei me matar, tive ira até de Deus, mas
no fim, consegui entender que era necessário passar por aquilo para amadurecer.
Afinal de contas, passei de uma menininha amedrontada com a vida, para uma
mulher adulta muito rápido.
Agora, podem até estar se
perguntando: “Se era uma frágil menininha, como tinha desejos e vontades,
afinal, crianças não amam assim?”.
E eu respondo, já que sim, eu tinha desejos, todos
têm. Desejo de beijar, de abraçar, de ficar junto, de segurar aquelas mãos e
não soltar nunca mais, por mais suadas que estejam, por mais cheias de calos
que tenham, por mais que você necessite soltar, você não solta, porque precisa
delas ali, junto de você. Porém em contraponto, eu era sim uma criança, muito ingênua, achava que qualquer brisa o
levaria pra longe de mim, e isso despertava ciúme,
eu era birrenta, mimada, queria ele grudado em mim o
tempo todo e a qualquer custo, e isso acarretava brigas, eu era tão boba,
que imaginava que tínhamos que ficar juntos #prasempre, e isso acarretou desilusão.
Às vezes é difícil admitir que se
esteja sozinho. Mas, além de necessário, talvez seja a melhor solução, sabe, o
melhor caminho a ser seguido.
Do que adianta estar junto se
você não está junto realmente? Isso não está relacionado com fisicamente, com
toque, ele podia estar no Japão, que meu coração estaria lá. Entretanto, nosso
amor não existia mais. Minha inocência, misturada à imaturidade dos dois
assassinou, sim, somos ASSASSINOS de uma história de amor que provavelmente,
teria um belo final feliz.
Mas do que adianta falar de
passado? Meus caros, ele não volta nunca mais, e, mesmo que tenha sido bom,
acredite, foram os melhores tempos que eu já tive, foi só nesse pequenino espaço
de tempo que eu sinceramente fui feliz, não adianta, erros nem sempre são
perdoados, e existem feridas que deixam cicatrizes muito profundas, daquelas
que não tem reparo que melhore.
Estar só, talvez signifique tempo
de REFLEXÃO, tempo de pensar nos erros para não cometê-los novamente, e
repensar nas coisas que deram certo, tentando deixa-las melhor para a talvez
futura próxima vez.
Não é fácil, às vezes ainda me
pego relembrando o passado e até sorrio, mas é um sorriso nostálgico,
acompanhado de arrependimento, dor e leveza, já que foram tempos tão leves, tão
simples, mas que ficarão na minha memória #parasempre.
Estar só, às vezes dói, porque
não se tem com quem compartilhar a vida. Estar só as vezes é ótimo, porque
brigas não existem mais. Estar só faz a gente chorar, quando relembramos do
passado feliz. Estar só, causa ira, pois as mágoas ainda nos rodeiam e machucam
as vezes.
Mas, apesar de tudo, estou
confiante, pois talvez, talvez mesmo, estar só seja positivo para mim, me traga
algo de útil, mesmo que eu ainda não saiba disso.
Estar só, é uma incógnita, que eu
ainda estou procurando uma fórmula certa para resolvê-la.
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