26 abril 2014

Estar Só...

“Faz falta, ser a falta de alguém.”
— 
Lucas Lucco.


Confesso que ainda acho estranho quando algum desavisado passa por mim e perguntas coisas do tipo “E ai, como vai o namoro?” ou “Nossa, nunca mais vi seu namorado!”.
Não é que doa, afinal, já não dói mais há muito tempo, mas ainda soa um pouco constrangedor, já que, nem sempre é fácil admitir que se esteja só. Ser sozinho geralmente está relacionado à rejeição, algo que não é legal, na maioria das vezes, abre as portas para o julgamento errado da sociedade.
Relacionamentos não dão certo às vezes, acontece Mundo!!! Para mim, um namoro só tem dois caminhos – casamento ou separação – que devem ser seguidos fielmente. Podem até me chamar de careta, ou de pensamento machista, mas querendo ou não, para mim, isso é fato.
Se você não está feliz, se não faz feliz a outra metade – que nem sempre é um alaranja – o melhor é seguir sua vida sem ela.
Pode doer? Pode não, vai doer, porque mesmo que você não a ame mais, a falta ainda ocasiona momentos de fuga da sua consciência, que te levam para lugares onde chorar é inevitável.
Admito, sofri muito, e como. Chorei, murmurei, me xinguei, me bati, tentei me matar, tive ira até de Deus, mas no fim, consegui entender que era necessário passar por aquilo para amadurecer. Afinal de contas, passei de uma menininha amedrontada com a vida, para uma mulher adulta muito rápido.
Agora, podem até estar se perguntando: “Se era uma frágil menininha, como tinha desejos e vontades, afinal, crianças não amam assim?”.
 E eu respondo, já que sim, eu tinha desejos, todos têm. Desejo de beijar, de abraçar, de ficar junto, de segurar aquelas mãos e não soltar nunca mais, por mais suadas que estejam, por mais cheias de calos que tenham, por mais que você necessite soltar, você não solta, porque precisa delas ali, junto de você. Porém em contraponto, eu era sim uma criança, muito ingênua, achava que qualquer brisa o levaria pra longe de mim, e isso despertava ciúme, eu era birrenta, mimada, queria ele grudado em mim o tempo todo e a qualquer custo, e isso acarretava brigas, eu era tão boba, que imaginava que tínhamos que ficar juntos #prasempre, e isso acarretou desilusão.
Às vezes é difícil admitir que se esteja sozinho. Mas, além de necessário, talvez seja a melhor solução, sabe, o melhor caminho a ser seguido.
Do que adianta estar junto se você não está junto realmente? Isso não está relacionado com fisicamente, com toque, ele podia estar no Japão, que meu coração estaria lá. Entretanto, nosso amor não existia mais. Minha inocência, misturada à imaturidade dos dois assassinou, sim, somos ASSASSINOS de uma história de amor que provavelmente, teria um belo final feliz.
Mas do que adianta falar de passado? Meus caros, ele não volta nunca mais, e, mesmo que tenha sido bom, acredite, foram os melhores tempos que eu já tive, foi só nesse pequenino espaço de tempo que eu sinceramente fui feliz, não adianta, erros nem sempre são perdoados, e existem feridas que deixam cicatrizes muito profundas, daquelas que não tem reparo que melhore.
Estar só, talvez signifique tempo de REFLEXÃO, tempo de pensar nos erros para não cometê-los novamente, e repensar nas coisas que deram certo, tentando deixa-las melhor para a talvez futura próxima vez.
Não é fácil, às vezes ainda me pego relembrando o passado e até sorrio, mas é um sorriso nostálgico, acompanhado de arrependimento, dor e leveza, já que foram tempos tão leves, tão simples, mas que ficarão na minha memória #parasempre.
Estar só, às vezes dói, porque não se tem com quem compartilhar a vida. Estar só as vezes é ótimo, porque brigas não existem mais. Estar só faz a gente chorar, quando relembramos do passado feliz. Estar só, causa ira, pois as mágoas ainda nos rodeiam e machucam as vezes.
Mas, apesar de tudo, estou confiante, pois talvez, talvez mesmo, estar só seja positivo para mim, me traga algo de útil, mesmo que eu ainda não saiba disso.

Estar só, é uma incógnita, que eu ainda estou procurando uma fórmula certa para resolvê-la.

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