29 agosto 2013

Primeiro Beijo



Image and video hosting by TinyPicEstavam sozinhos. Não era a primeira vez que isso acontecia, mas dessa vez algo havia de novo. Não se sabia ao certo se era um cheiro de paixão no ar, uma situação inusitada ou se apenas o momento tão esperado havia chegado.
Ela estava apreensiva, parecia que já sabia o que iria acontecer. Ele, tímido como sempre, se contorcia naquele sofá, quase agonizando, não parava quieto, o nervosismo tomava conta dos dois corações.
“O que vai acontecer daqui para frente?”, “Onde essa brincadeira vai parar?”, “Será que ele me leva a sério como eu o levo?” eram pensamentos que tramitavam pela mente daquela jovem, que mesmo com corpo de mulher, não se passava de uma menina, assustada com o amadurecimento.
A conversa rolava solta, eles se divertiam como crianças, o tempo corria sem que ninguém percebesse. Era visível o ardor da paixão entre aqueles olhares, estava estampado em cada sorriso dado, em cada toque de pele, em cada respirar.
Devagar, ele se aproximou, parecia que enfim havia notado que devia tomar uma atitude. O tempo, que antes corria como nunca, começou a se tornar lento, vagaroso, quase que estático, acompanhado por uma melodia leve, simples, que ficaria rondando ali durante todo aquele momento.
Houve o primeiro toque, ela logo se afastou, estava com medo, e ele continuou, tão devagar como se suas mãos fossem penas bem macias que acariciavam aquela pele. Não parou. Seus dedos acariciavam o cabelo escuro e comprido lentamente, como se cada fio do mesmo desse uma sensação diferente àqueles movimentos. Foi mais afundo. Abraçou-a, fazendo com que ela se sentisse segura.
Neste momento, aquela menina amedrontada já havia entrado na dança, o ritmo daqueles corpos já era o mesmo, já estavam desfrutando da mesma sinfonia.
Ela não resistiu, olhou-o nos olhos suspirando,como se conseguisse entender o que eles estavam dizendo, querendo descobrir se lá no fundo daquela alma, havia uma voz que gritava “Eu te amo, E-U T-E A-M-O!”
Os toques, os cheiros, os abraços, as risadas, agora não eram mais suficientes, eles queriam algo a mais. Se pudessem, não havia eternizado aquele momento somente em uma fotografia, mas de todos os métodos possíveis.
Ele se aproximou, com aquele ar de brincadeira, típico de um menino apaixonado, foi chegando mais perto. Nesse instante, o medo se tornou aflição, ela não sabia se avançada ou se dizia não, mesmo tendo uma certeza, queria beijá-lo.
Enfim, o momento sublime, mágico, esperado e tão aguardado aconteceu. Parecia que a concretização de uma história tinha acontecido, o encontro de duas almas, de dois corpos. Nesse momento, os corações batiam juntos, a respiração era a mesma, haviam se tornado um só ser.


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