Acabei
de acordar. Não que estivesse dormindo e despertei de um sonho ruim, mas sim,
acordei para a realidade, despertei para este mundo, enfim, consegui abri meus
olhos.
Passei
tanto tempo me iludindo com promessas que perdi ate mesmo a noção do que era
amor. Realmente, admito, sempre fui uma jovem extremamente carente e necessitada
de qualquer forma de carinho, mas não imaginava que ia me tornar uma marionete
na mão de canalhas.
Meu
nome é Elizabeth, tenho 17 anos e estou sofrendo. Sinto com que um buraco foi
aberto sem dó nem piedade dentro do meu peito, como se eu tivesse perdido algo
necessário e vital para minha vida.
Tudo
começou com uma amizade, daquelas bem inocentes e tranquilas. Eu o adorava, ele
era fantástico, me fazendo rir quando nada tinha graça no meu dia, me ajudando
quando necessário, era meu braço direito, indispensável para mim.
Já
havia me decepcionado algumas vezes, pois acredite, o que não falta nessa Terra
são pessoas que só te fazem mal. Usam de seus sentimentos para fazer graça,
abusam dos seus sonhos, te levam do sorriso a lágrima em instantes.
Mesmo
assim, resolvi me arriscar. Talvez tenha sido precipitada em me apaixonar por
aquele jovem. Mas o que poderia ter feito? Trancado meu coração para sempre ou
pedido ele para não bater mais forte por ninguém? Não sei se conseguiria, se seria
tão forte a esse ponto.
Me
entreguei. Errei. Amei incondicionalmente. Senti-me a pessoa mais amada e feliz
desse mundo. Cada eu te amo dito, da minha parte, foi verdadeiramente exprimido.
Me sentia a pessoa mais segura em seus braços e a cada beijo, minhas esperanças
de felicidade eram renovadas. Os beijos, o que dizer deles, tão ardentes e
vividos, tão longos e sentidos. Cada movimento era uma poesia, cada toque uma
dança, cada olhar uma sinfonia, cada sensação uma ardência inexplicável.
Infelizmente,
como a vida já havia me ensinado (eu me neguei a acreditar), contos de fadas só
existem em livros, nada é perfeito e muito menos dura para sempre.
Todo
o encanto, o fogo, o arder da paixão começou a desaparecer em tempo recorde. Não
o reconhecia mais, pois agora ele voltou a me tratar somente como uma mera
amiga. Me desesperei. “Será que tinha feito algo errado?” Era o que eu me perguntava,
pois aquele tratamento não tinha explicação.
A
única resposta que eu tinha, era que ele estava ocupado demais, estudava muito,
tinha mil e uma coisas para fazer e então percebi que não fazia mais parte dos
seus planos.
Agora,
a indignação toma conta do meu ser. Como uma pessoa pode ser tão cruel? Usar
dos sentimentos de alguém somente por que estava se sentindo sozinho. Eu lhe
entreguei algo muito mais importante que meu corpo, lhe dei meu coração e se
tivesse pedido, até minha própria alma. Eu me entreguei, acreditei, fui fiel.
Porém
nada adiantou. Mais uma vez provei que o mundo está repleto de pessoas sem
escrúpulos, e, portanto resolvi por desistir dele.
Não
conseguirei mais ser enganada, ser destroçada, mutilada por dentro. Estou me
rendendo, me entregando. Desisto!
Este,
portanto é meu ultimo manifesto, e nele quero deixar um conselho: Não acredite em ninguém nesse mundo, por
que até mesmo sua própria sombra te deixa só no escuro.
Agora,
me despeço dessa vida aos prantos, pois enquanto escrevia, sabia de minha
ultima ação. Me ofereço à morte. Prefiro enfim o suicídio ao sofrimento.
Acabou.
Uau. É tudo que eu consigo dizer. Você está evoluindo muito rápido, e transitando entre os gêneros com uma facilidade impressionante. Você é uma artista, anjinho <3
ResponderExcluirMuito obrigada...Sem palavras'
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