20 janeiro 2014

A casa dos espelhos: A descoberta





Certo dia, quando voltavam para casa após mais um dia de aula na Apple (Colégio Municipal), Beto e Edu resolveu parar para tomar um sorvete na Sorveteria Ice Cream que ficava na esquina da Avenida XI de Julho.
Sentados ali, nas mesinhas do lado de fora, Beto avistou algo que até então, mesmo conhecendo todas aquelas ruazinha estreitas e pequenas da cidade, nunca havia notado.
Uma casa abandonada, com uma grande placa escrita “CASA DOS ESPELHOS”. Beto ficou maravilhado e ao mesmo tempo bastante curioso.
Chamou então o atendente do balcão, que além de tudo era seu colega de classe  –Augusto– para que lhe contasse sobre aquela construção(Augusto morava em Wisthe a desde que nasceu e sabia a localização de cada poste daquele lugar.
Então Guto lhe contou:
– Há muitos anos atrás, quando vocês ainda haviam chegado por aqui, aquela casa era de um antigo artista circense que perdeu tudo em um incêndio no circo em que trabalhava. Reza a lenda que ele acabou perdendo a mulher e a filha no acidente, porque se preocupou mais em salvar seus espelhos, da casa dos espelhos (por isso a placa).Depois do incidente, ele se mudou para cá e trouxe tudo o que havia escapado do fogo, menos a mulher e sua filha, quais os corpos nunca haviam sido encontrados, mesmo que carbonizados. O problema é que há uns cinco anos ele passou muito mal e acabou indo parar em uma clinica médica a uns 30 km daqui, mesmo não estando louco, ele só estava realmente muito doente. Depois deste dia , a Casa dos Espelhos nunca mais foi aberta por ninguém.
–Cara, que história mais sinistra?!? – disse Edu.
–Pois pode se acostumar, pois amanha, após  a escola, iremos visitar esses espelhos.-hesitou Beto.
– Obviamente que não! Jamais vou entrar em uma casa de alguém que não conheço.Ainda mais com uma história escabrosa dessas.
–Pare de ser medroso por favor Edu, será que esses 15 anos ainda não fizeram realmente efeito, cadê a sua coragem.Isso aqui não é uma “Casa Monstro”,não estamos naquele filmezinho patético para crianças.Iremos e pronto.
No dia seguinte, partiram para a aventura e deixaram Guto avisado, que se não voltassem até o por do sol, deveria buscar ajuda.
Chegando ao local, Eduardo continuava não gostando nem um pouco da ideia, mas mesmo assim, resolveu entrar.
Curiosamente, a janela estava destrancada, e os dois entraram com muita facilidade.
A casa era uma residência normal, sofás, tapetes e um grande lustre na sala, mas o que de imediato chamou a atenção de Alberto foi que a sala principal, a maior de todas estava repleta de espelhos.
Como já era esperado, um pedaço da história já estava confirmado, realmente, ele havia guardado todos os espelhos, mas não havia nenhum resquício de vida feminina naquele local.
Os espelhos eram de todos tamanhos e formas, fazendo os corpos magros daqueles dois garotos serem refletidos de diferentes maneiras.Agora eram garotos baixinhos, às vezes gordos e até de cabeça para baixo,o que acabou os divertindo muito.
Mais um em especial os chamou a atenção, era m espelho oval, estilo Madrasta da Branca de Neve, que cintilava, como se luzes diferentes saíssem deles.
Beto não hesitou em chegar perto, mas Eduardo advertiu, pois o medo tomava conta de seu corpo.
–Pare de ser bobo, chegue mais perto, quero saber como funciona essa engenhoca, ande, venha aqui!!!
Ao chegar perto, pareciam hipnotizados e totalmente atraídos pelo objeto.Quando Alberto o tocou, sentiram um turbilhão de emoções, como se seus corpos fossem carregados em um tubo supersônico e tudo doía.Desmaiaram.
O primeiro a acordar foi Edu, que se assustou ao ver que estavam sobre uma grama totalmente cor-de-rosa, e que uma moça os observava, era Anita.

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