20 dezembro 2013

Jovem Personalidade: Desventuras de Lúcia



            É de manhã bem cedo, Lúcia está saindo da antiga Tebas a caminho de Atenas, onde tem negócios a tratar. Com apreensão, percebe que um grupo de estranhos observa a cidade a distância, próximo a um bosque no qual ela deverá atravessar.
            Ao entrar no bosque, vê que um dos estranhos trás um punhal escondido sob a túnica. Lúcia então apressa seus passos e procura um recanto semi-oculto que conhece, onde brota uma fonte de águas límpidas; porém no meio do caminho sente que alguém está em seu encalço. Serão os estranhos? Uma ninfa ou um fauno do bosque? Soldados amigos? Ou algum mensageiro dos deuses do Olimpo? Lúcia quer evitar confusão, mas sorri interiormente ao se lembrar do que trouxe, também escondido sobre sua capa modesta, um punhal.
            Lúcia agora já está dentro do bosque, afastando alguns galhos que impendem a passagem, quando alguém agarra seu braço direito. Imediatamente ela procura, com a outra mão, o cabo do punhal.
            Ela vê então surgir à sua frente uma belíssima mulher- Sou Afrodite e peço sua ajuda para castigar aqueles mortais, que querem profanar meu templo. Esta espada será sua proteção- Afrodite desaparece, deixando nas mãos de Lúcia uma espada forjada por Hefaístos.
            Após o susto e o encontro com a deusa Lúcia resolve atender ao seu pedido e volta para trás, mas ao sair do bosque, é cercada pelos estranhos que vira antes! Sente a força dos deuses fluindo através da espada e ataca-os. Pegos de surpresa, os estranhos percebem que subestimaram Lúcia e reagem.
            Os inimigos, que invocam a ajuda de Zeus, são favorecidos pela sorte. Lúcia foi obrigada a render-se, e a cidade é invadida por muitos soldados estranhos. Ela e vários outros são presos num cubículo guardado por sentinelas.
            Valendo-se por seus conhecimentos de físico-química e habilidades com ferramentas, Lúcia consegue romper as tiras de couro que prendem seus braços. Espera anoitecer e, aproveitando a escuridão, foge dali e se esconde na casa de um amigo, no meio do bosque. De lá sai disfarçadamente, com a intenção de ir a Atenas pedir socorro.
            Lúcia enfim chega a Atenas e diz que sua cidade foi invadida por guerreiros mercenários. Um destacamento de soldados atenienses decide então seguir para Tebas na noite seguinte, decidido a expulsar os invasores. Acontece então uma luta renhida, na qual Lúcia toma parte.
            A batalha que acontece é sangrenta. No meio da luta Lúcia é ferida mortalmente e mal tem tempo de ver, em sua agonia, a vitória do seu povo. Ela morre, mas soube que a batalha foi vencida; sua descida ao Hades não será dolorosa graças a isso.












Paulo H. Macedo

 

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