11 novembro 2013

Jovem Personalidade - A Bem Amada



“Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender
Eu posso estar sozinho
Mas eu sei muito bem aonde estou.”
Será – Legião Urbana


         Ela não acreditava o amor, achava que ele havia sido inventado por grandes sábios que na verdade não sabiam de nada.
Acordava todos os dias às 6 horas da manha para pedalar por quase 8 km até a escola. E se você pensa que ela se incomodava, ahhhh, está muito enganado, pois ela amava, era praticamente uma terapia, como se pudesse voar sem asas.
Não tinha um dia em que não colocasse seu tênis com cadarços chamativos, colocava sua maçã estupidamente verde e crocante na mochila altamente colorida e repleta de chaveiros. Aliás, chaveiros são um caso a parte, já que para sua filosofia de vida, eles significavam muito mais que objetos, eram lembranças de tempos bons que devia ser vistos.
Excentricidade era seu segundo nome, na verdade, seu sobrenome, por que ninguém no mundo mais que ela odiava seu segundo nome, era algo muito mais forte do que se podia imaginar.
Amava uma boa aventura e o importante era se sentir livre, correr perigos, perceber que adrenalina não era só mais um tópico de biologia, queria sentir na veia, tocar a vida como se não houvesse amanha, e para ela não existia mesmo, tínhamos que aproveitar cada instante, já que não sabíamos quando será o ultimo.
Sobre Deus... Sabia que ele existia e que tinha feito tudo aquilo para ela, sim, cada pássaro, arvore, folha, ou até mesmo a brisa suave que bagunçava seus negros cabelos antes que cada gota milimetricamente igual de agua tocasse seu rosto.
A-M-I-G-O-S. Palavra tão importante como BISCOITO (por que ela tinha uma fascinação por essa palavra inexplicável), eram sua muralha, fortaleza, sua rocha firme , e ao mesmo tempo, seu motivo para sonhar, se tornar irracional por alguns instantes.
Em relação ao amor? Como não comentar, pois para ela, amar é viver e vier é amar, como uma coisa só. Não era necessário namorados ou apaixonites, ela era apaixonada pelo ato de levantar toda manhã e estar viva, com um mundo inteiro para desfrutar e conhecer livremente, sem curso ou expectativa, só ir, se jogar sem paraquedas rumo ao desconhecido.
Simplesmente ela era BEM AMADA, sim, pela vida que a adorava, que a abraçava toda manhã com um raio de sol terno e que sorria sempre que podia, com aquele sorriso que é transbordado de felicidade.




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