26 novembro 2013

Jovem personalidade: o Garanhão sem Crina




Será que eu que sou bandido, mentiroso e mulherengo?
Olha pra você, tá namorando e me querendo!

- Tá Namorando e me Querendo –Henrique e Juliano






Ele se achava o tal, talvez porque imaginava ser o mais bonito da escola, ou por acreditar que todas as mulheres do mundo queriam um beijo seu.
Não se importava nem um pouco com o que falavam ao seu respeito, não dava a mínima moral. Se sentia, no intimo da palavra. Era o cara,  todo poderoso, mais gostoso entre todos, popular da cidade, um garanhão sem sua crina evidente.
Seus amigos amavam o elogiar, colocá-lo para cima, demonstrando que a melhor fase da vida é a juventude, e compartilhando com ele, a ideia machista de que com tantas meninas nesse mundo, se dedicar a somente uma é total perca de tempo ou imbecilidade pura. Basicamente era seguia o lema de que “com tantas bocas, para que beijar só uma”?
Não se preocupava também com sua própria familia, queria ser independente, e aí, tanto faz se sua tia se importava com sua ausência ou se seu avô não dormia a noite, tentando imaginar onde estaria aquele garoto de apenas 17 anos no meio da noite, com um espírito de maturidade, que convenhamos, ele jamais tentou ter um dia.
Coitadas mesmo eram das presas fáceis que caiam na sua teia. Como uma cobra que rasteja vagarosamente ao encontro de sua presa extremamente frágil. Tomava passos cuidados, atos bem pensados, e o mais abominável é saber que ele fazia tudo de caso pensado,apostando com a sua suja e inóspita rodinha de que barbaridades faria com as inocentes sonhadoras.
Também, não se pode falar que ele era um caçador de somente jovens inocentes e puras, pois amava uma aventura bem bandida,daquelas bem selvagens e animais, com aquele tipo de garota que geralmente não se dá ao respeito em troca de 15 minutos de fama, ou melhor dizendo, de ser um assunto comentado no Facebook.
Usava estas, para manter sua visão  (perante as inexperientes) de bom moço, usado e machucado por devastadoras de corações apaixonados.
O mais revoltante é saber, que na maioria das vezes, todas caiam, mas quando se diz TODAS, ahhhh, são todas mesmo.
Até aquela que acreditava ser a mais imune a cafajestes típicos, acaba enfeitiçada por sabe Deus o que do abominável  estupido.
E ele gosta, na verdade, adora se sentir assim, livre,independente, dono do seu nariz, aquele eu faz o que quer, quando quer e da maneira que bem entender, por que ele pode, ele é o todo poderoso, o maioral.
Coitado, reservemos agora nosso pêsames a esse iludido e desrespeitado cidadão. Pois ele sim, é uma presa fácil, uma presa fácil da vida, que logo vai mostrar ao mesmo, que o mundo ´´e muito ais que uma simples balada, ou que as recompensas sejam principalmente corações despedaçados e mais um nome na sua nauseante listinha de “garotas já pegadas”.
Pessoas como ele, vemos aos montes por ai, caídas, abandonadas, arrependidas de tantas  idiotices feitas, mas, infelizmente, poucas entre elas conseguem dar a volta por cima e se transformar em pessoas melhores. O restante, continuará até a finitude, perdida, se afundando cada vez mais no abismo construido por elas mesmas.

11 novembro 2013

Jovem Personalidade - A Bem Amada



“Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender
Eu posso estar sozinho
Mas eu sei muito bem aonde estou.”
Será – Legião Urbana


         Ela não acreditava o amor, achava que ele havia sido inventado por grandes sábios que na verdade não sabiam de nada.
Acordava todos os dias às 6 horas da manha para pedalar por quase 8 km até a escola. E se você pensa que ela se incomodava, ahhhh, está muito enganado, pois ela amava, era praticamente uma terapia, como se pudesse voar sem asas.
Não tinha um dia em que não colocasse seu tênis com cadarços chamativos, colocava sua maçã estupidamente verde e crocante na mochila altamente colorida e repleta de chaveiros. Aliás, chaveiros são um caso a parte, já que para sua filosofia de vida, eles significavam muito mais que objetos, eram lembranças de tempos bons que devia ser vistos.
Excentricidade era seu segundo nome, na verdade, seu sobrenome, por que ninguém no mundo mais que ela odiava seu segundo nome, era algo muito mais forte do que se podia imaginar.
Amava uma boa aventura e o importante era se sentir livre, correr perigos, perceber que adrenalina não era só mais um tópico de biologia, queria sentir na veia, tocar a vida como se não houvesse amanha, e para ela não existia mesmo, tínhamos que aproveitar cada instante, já que não sabíamos quando será o ultimo.
Sobre Deus... Sabia que ele existia e que tinha feito tudo aquilo para ela, sim, cada pássaro, arvore, folha, ou até mesmo a brisa suave que bagunçava seus negros cabelos antes que cada gota milimetricamente igual de agua tocasse seu rosto.
A-M-I-G-O-S. Palavra tão importante como BISCOITO (por que ela tinha uma fascinação por essa palavra inexplicável), eram sua muralha, fortaleza, sua rocha firme , e ao mesmo tempo, seu motivo para sonhar, se tornar irracional por alguns instantes.
Em relação ao amor? Como não comentar, pois para ela, amar é viver e vier é amar, como uma coisa só. Não era necessário namorados ou apaixonites, ela era apaixonada pelo ato de levantar toda manhã e estar viva, com um mundo inteiro para desfrutar e conhecer livremente, sem curso ou expectativa, só ir, se jogar sem paraquedas rumo ao desconhecido.
Simplesmente ela era BEM AMADA, sim, pela vida que a adorava, que a abraçava toda manhã com um raio de sol terno e que sorria sempre que podia, com aquele sorriso que é transbordado de felicidade.




03 novembro 2013

O Grito do Desespero



Eu tenho um dicionário de defeitos
Desculpe amor esse é meu jeito
Esse é o jeito meu.
           Se não for eu quem vai ser - Jorge e Mateus 




Estou desesperada, meu coração está sagrando, e eu sinto que não posso fazer nada, pois o monstro que hoje me assombra, foi eu mesma que criei.
Venho de uma família super problemática, e deve ser por isso que sou assim, uma menina louca e bipolar de sentimentos.
Até tempos atrás, eu era uma garota muito amargurada, triste e sombria, pois trazia no meu peito, uma dor muito grande de alguém que me destruiu por inteira.
Depois de tato tempo me lamentando, encontrei uma pessoa que nunca imaginei que iria conhecer, alguém mágico, lindo, como um espírito limpo e que realmente me amava.
Foi com ele que passei os momentos mais belos da minha existência, já que cada instante ao seu lado era uma poesia, uma brisa leve que tocava meu rosto, ou um raio de sol que me aquecia depois da tempestade.
Nunca fui tão feliz, nunca me senti tão completa, pois ele era meu lado mais bonito, meu sorriso mais sincero, meu momento mais amável, era meu tudo.
Meu erro foi dividi-lo com o mundo, de demostrar a ele como éramos felizes e como nos amávamos deixar que pessoas pouco importantes e invejosas, me enchessem o pensamento com ideias inóspitas, me envenenando aos poucos e usufruindo da minha mente conturbada, cheia de defeitos e completamente insegura.
Quando me dei cota, já era tarde demais, estava perdendo meu amor, meu anjinho, meu bebê por causa dos meus consecutivos erros estúpidos que nos afastam cada vez mais.
Eu o amo tanto, de uma forma inexplicável, que não conseguiria explicar em palavras, e estou aqui desesperada, me amaldiçoando por ser tão idiota ao ponto de estar perdendo o tesouro mais perfeito que Deus poderia ter me dado, por ser tão mesquinha, por ser orgulhosa, por ao ter de fato mudado, por ser basicamente ridícula.
Sinto-me perdida, frustrada, um verdadeiro lixo, uma pessoa que não merece dó nem piedade, pois tudo que está  acontecendo é somente culpa minha, minha e de mais ninguém, pois fui eu que me deixei levar pela idiotice.
Minha alma esta gritando em dor, esta sangrando, esta se desfazendo , morrendo, se findando, ela não aguenta o peso de ser a única culpada pelos erros que cometeu.
Socorro!!! Meu grito é de desespero, eu o amo, daria minha vida por ele se preciso, mas estou o perdendo mais rápido que um piscar de olhos, e será para nunca mais.