É de manhã bem cedo, Lúcia está saindo
da antiga Tebas a caminho de Atenas, onde tem negócios a tratar. Com apreensão,
percebe que um grupo de estranhos observa a cidade a distância, próximo a um
bosque no qual ela deverá atravessar.
Ao
entrar no bosque, vê que um dos estranhos trás um punhal escondido sob a
túnica. Lúcia então apressa seus passos e procura um recanto semi-oculto que
conhece, onde brota uma fonte de águas límpidas; porém no meio do caminho sente
que alguém está em seu encalço. Serão os estranhos? Uma ninfa ou um fauno do
bosque? Soldados amigos? Ou algum mensageiro dos deuses do Olimpo? Lúcia quer
evitar confusão, mas sorri interiormente ao se lembrar do que trouxe, também
escondido sobre sua capa modesta, um punhal.
Lúcia
agora já está dentro do bosque, afastando alguns galhos que impendem a
passagem, quando alguém agarra seu braço direito. Imediatamente ela procura,
com a outra mão, o cabo do punhal.
Ela
vê então surgir à sua frente uma belíssima mulher- Sou Afrodite e peço sua
ajuda para castigar aqueles mortais, que querem profanar meu templo. Esta
espada será sua proteção- Afrodite desaparece, deixando nas mãos de Lúcia uma
espada forjada por Hefaístos.
Após
o susto e o encontro com a deusa Lúcia resolve atender ao seu pedido e volta
para trás, mas ao sair do bosque, é cercada pelos estranhos que vira antes!
Sente a força dos deuses fluindo através da espada e ataca-os. Pegos de
surpresa, os estranhos percebem que subestimaram Lúcia e reagem.
Os
inimigos, que invocam a ajuda de Zeus, são favorecidos pela sorte. Lúcia foi
obrigada a render-se, e a cidade é invadida por muitos soldados estranhos. Ela
e vários outros são presos num cubículo guardado por sentinelas.
Valendo-se
por seus conhecimentos de físico-química e habilidades com ferramentas, Lúcia
consegue romper as tiras de couro que prendem seus braços. Espera anoitecer e,
aproveitando a escuridão, foge dali e se esconde na casa de um amigo, no meio
do bosque. De lá sai disfarçadamente, com a intenção de ir a Atenas pedir
socorro.
Lúcia
enfim chega a Atenas e diz que sua cidade foi invadida por guerreiros
mercenários. Um destacamento de soldados atenienses decide então seguir para
Tebas na noite seguinte, decidido a expulsar os invasores. Acontece então uma
luta renhida, na qual Lúcia toma parte.
A
batalha que acontece é sangrenta. No meio da luta Lúcia é ferida mortalmente e
mal tem tempo de ver, em sua agonia, a vitória do seu povo. Ela morre, mas
soube que a batalha foi vencida; sua descida ao Hades não será dolorosa graças
a isso.
Paulo H.
Macedo